Dilma e Aécio realçam diferenças econômicas no primeiro debate do 2º turno
São Paulo, 14 out (EFE).- A presidente e candidata à reeleição pelo Partido dos Trabalhadores (PT), Dilma Rousseff, e o candidato pelo Partido da Social Democracia Brasileira (PSDB), Aécio Neves, realçaram nesta terça-feira a diferença de suas visões sobre a economia no início do primeiro debate para o segundo turno das eleições. Dilma defendeu o papel dos bancos públicos, que durante seu governo socorreram setores da indústria em crise com o incentivo ao crédito. Aécio criticou a falta de transparência nas contas públicas e garantiu que, se eleito, vai profissionalizar a gestão dos bancos. O candidato do PSDB aproveitou para questionar os índices de expansão da economia nos últimos anos. O debate, organizado pela emissora de televisão “Band”, é o primeiro de quatro encontros que serão realizados durante a campanha do segundo turno, que termina com as eleições do próximo dia 26. No primeiro turno, Dilma recebeu 41,5% dos votos, enquanto Aécio obteve 33,5% da preferência do eleitorado. Na abertura do encontro, os candidatos tiveram dois minutos para apresentar suas principais propostas. Na sequência, o debate foi feito diretamente entre eles, sem a interferência de jornalistas. Dilma usou sua declaração inicial para destacar que vai oferecer um “governo novo, com ideias novas”, dando ênfase na educação, na saúde e na segurança pública, três dos assuntos de maior interesse dos brasileiros. Ela também ressaltou o repasse de verbas dos programas sociais de seu governo, que permitiram que cerca de 40 milhões de pessoas saíssem da pobreza. Já Aécio admitiu que o Brasil “melhorou muito nas últimas décadas”, com as privatizações feitas na década de 90 pelo ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, um de seus padrinhos políticos, e também entre 2003 e 2010, durante a gestão de Luiz Inácio Lula da Silva. No entanto, destacou que com Dilma no poder nos últimos quatro anos, o “Brasil deixou de melhorar”. Aécio afirmou que a atual presidente deixará uma “herança de inflação fora de controle, de perda de credibilidade e agravamento de todos os indicadores sociais”. Ambos os candidatos participarão nesta semana de outros dois debates, realizados na quinta-feira e no domingo. O último encontro na televisão entre os concorrentes será no dia 24, dois dias antes das eleições.