Banco Central espera reversão na alta extraordinária dos preços de alguns produtos

Por Alexandro Martello, G1 — Brasília

O Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central informou nesta terça-feira (3) que espera reversão na alta extraordinária dos preços de alguns produtos, que foram, em sua visão, “afetados por redução provisória na oferta em conjunção com um aumento ocasional na demanda”.

“Dessa forma, apesar de a pressão inflacionária ter sido mais forte que a esperada, o Comitê mantém o diagnóstico de que esse choque é temporário, mas monitora sua evolução com atenção”, acrescentou, por por meio da ata de sua última reunião, realizada na semana passada, quando a taxa básica de juros da economia foi mantida estável no piso histórico de 2% ao ano.

  • Na prévia de outubro, o IPCA avançou para 0,94%, a maior taxa para o período em 25 anos. A maior pressão de alta em outubro veio dos alimentos.
  • O grupo alimentos e bebidas subiu 2,24%, com impacto de 0,45 ponto percentual no índice de outubro. O item que mais pesou individualmente foi carnes (aumento de 4,83% no mês e impacto de 0,13 p.p.). Após a quinta alta consecutiva, os preços da carne acumulam no ano avanço de 11,4%.
  • O índice também foi puxado pelo aumentos dos preços do óleo de soja (22,34%), do arroz (18,48%), do tomate (14,25%) e do leite longa vida (4,26%).

Segundo o Banco Central, a alta nos preços de alimentos e de bens industriais é consequência da “depreciação persistente do Real” (alta do dólar), da elevação de preço das “commodities” (preços de produtos básicos, com cotação internacional) e, também, dos programas de transferência de renda.

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